terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sem fim

Acho uma grande bobagem essa história de que o mundo vai acabar,assim, do nada...
Mas se isso acontecer mesmo venho declarar que estou satisfeita comigo.
Nunca precisei mentir, invejar, trair, disfarçar.
Confesso que já inventei algumas desculpas, fiquei com preguiça,tive raiva, guardei rancor, mas tudo isso passou!
Nunca precisei passar por cima dos outros,desdenhar, ser racista, preconceituosa ou coisa parecida.
Admito que demorei pra aceitar algumas coisas, desculpar algumas pessoas e diferenciar algumas de outras, mas fiz tudo isso quando meu coração estava pronto.
O tempo do coração é diferente do tempo do relógio!
Nunca precisei fingir,fugir, ignorar.
Confesso que fui/sou orgulhosa, impaciente, nervosa, egoísta,mas tudo isso são resquícios de decepções passadas.
Nunca precisei ,agredir, odiar, desejar o mal.
Confesso que já gritei, fechei a cara, tive comportamentos totalmente imaturos que nem eu mesma acredito, mas fiz tudo isso pra ser notada (e quem nunca o fez?)
Nem sempre tive atitudes decentes, falei o que queria, senti o que deveria, falei o que sentia.
Fiz muita coisa errada, fui mal exemplo,mas sempre me corrigi.
E o mais importante, nunca desisti de mim!
Acho uma grande bobagem essa história de que o mundo vai acabar,assim, do nada...
Ainda tem muita coisa que eu quero concertar pra viver, ainda tem muita coisa que eu quero viver pra concertar.
Ainda tem muito amor que eu quero dar.


Sem fim!

De minha autoria



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Junto com a água do chuveiro
Saíram lágrimas de desespero
Ensaboou o corpo
Lavou a alma
Enxugou a culpa com a toalha
...
Depois disso, nunca mais foi a mesma!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Medo de se apaixonar

Você tem medo de se apaixonar
Medo de sofrer o que não está acostumada.
Medo de conhecer e esquecer outra vez.
Medo de sacrificar a amizade.
Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa.
Medo da curiosidade, de culpa para se ver livre do medo.
Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Medo de não suportar ser olhada com esmero e devoção.
Nem os anjos nem Deus aguentam uma reza por mais de duas horas.
Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que havia desistido da sua vida.
Medo de enfrentar a infância, o seio que a criou para aquecer suas mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que poderá sumir, o que poderá desaparecer.
Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta.
Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta,medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer - talvez todos em único homem, todos um pouco por dia.
Medo do imprevisível que foi planejado.
Medo de que ele morda os lábios e prove seu sangue.
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza.
Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado.
Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente.
Medo de largar o tédio; afinal, você e o tédio, enfim, se entendiam.
Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira reparti-lo com mais ninguém, além dele.
Medo de que ele seja melhor do que as suas respostas, pior do que as suas dúvidas.
Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar, mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele acorde ao escutar a sua voz.
Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz.
Medo de ser destruída, aniquilada, devastada, e não reclamar da beleza das ruínas.
Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer.
Medo de não ser interessante o suficiente para prender a atenção dele.
Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas.
Medo de que ele não precise de você.
Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira.
Medo do cheiro dos travesseiros.
Medo do cheiro das roupas.
Medo do cheiro nos cabelos.
Medo de não respirar sem recuar.
Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo.
Medo de não ser convincente na cama,persuasiva no silêncio, carente no fôlego.
Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade.
Medo de não soltar as pernas das pernas dele.
Medo de soltar as pernas das pernas dele.
Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir.
Medo da vergonha que vem junto com a sinceridade.
Medo da perfeição que não interessa.
Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada,ferida,agredida.
Medo de estragar a felicidade por não merecê-la.
Medo de não mastigar a felicidade por respeito.
Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la
Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar.
Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou.
Medo de faltar às aulas e mentir como foram.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar.
Medo de enlouquecer sozinha.
Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.
Você tem medo de já estar apaixonada."

Carpinejar - Crônicas de amor e sexo

domingo, 29 de julho de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Tem coisas no coração que são tão difíceis de falar,
Não sei se falta coragem ou se falta amor de verdade
Às vezes me imagino aqui, mas às vezes tudo não está tão bom ou tão perto assim
Talvez se tudo começasse de novo seria a melhor forma
Não quero chorar depois, quero sempre sorrir com o amor que chegou
Por mim ficar aqui é o certo, fazer você feliz é o mais correto
Como dizem por ai “um love legal, um par ideal” e você comigo no final...
Ando pensando muito em você,às vezes nem sei porque, não sei se você merece, nem sei se eu mereço...
Só sei que me faz bem
Por mim pararia um pouco esse mundo doido,
Essa correria do dia a dia,
Deitava em uma rede, na beira da praia só pra sentir seu cheiro, provar do seu gosto,
Fazer um pouco de tudo que hoje desejo
Não quero deixar nada pra depois, o hoje é tão especial
E o amanhã não vai ser o final
Quero algo assim, diferente de tudo que já senti, quero o novo, o inexplorado, a mais gostosa das risadas numa noite embriagada,
Uma mulher de verdade para ser sempre lembrada...
Amada, cativada, cortejada!"
Paulo Guedes